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19 de Abril – Dia dos Povos Indígenas: Uma Luta Conjunta por Justiça e Dignidade

As Missionárias de Jesus Crucificado (MJC) se unem à celebração do dia dos povos indígenas comemorada em 19 de abril com imensa alegria e esperança.

Desde a sua fundação, a congregação está sempre lado a lado com os povos indígenas, defendendo seus direitos e promovendo o diálogo intercultural.

A Irmã Maria do Socorro dos Santos Silva, missionária da Pastoral Indigenista que atua em Porto Velho/RO (região amazônica), nos oferece um relato comovente e inspirador sobre a realidade dos indígenas na cidade, marcada por lutas, violações de direitos e a busca por uma vida digna.

Enfrentando a Negação de Direitos na Cidade

A migração de indígenas para os centros urbanos em busca de melhores oportunidades é uma realidade crescente. No entanto, ao chegarem à cidade, muitos se deparam com a negação de seus direitos básicos, como acesso à saúde, educação, moradia e trabalho. A Irmã Maria relata que a maioria dos indígenas que a Pastoral acompanha vive em situação de extrema pobreza, sem acesso a serviços públicos e enfrentando discriminação.

Atuação da Pastoral Indigenista: Acolhida, Defesa e Fortalecimento

A Pastoral Indigenista em Porto Velho, da qual a Irmã Maria faz parte, atua diretamente com 160 famílias indígenas, oferecendo apoio e acompanhamento em diversas áreas. As visitas semanais, os encaminhamentos para órgãos competentes em casos de violações de direitos, os encontros de formação e as rodas de conversa são ferramentas essenciais para fortalecer a identidade cultural dos indígenas e garantir seus direitos.

Dois Projetos que Fazem a Diferença: Horta Familiar e Oficina de Sabão Líquido

Esta pastoral desenvolve dois projetos inovadores que visam melhorar a qualidade de vida das famílias indígenas: a Horta Familiar Indígena e a Oficina de Sabão Líquido. A horta oferece acesso a alimentos saudáveis e sem agrotóxicos, além de estimular o trabalho em grupo entre as mulheres. Já a oficina de sabão líquido ensina a produção artesanal de um produto de limpeza natural, gerando renda e fortalecendo a autonomia das mulheres indígenas.

Apoio aos Jovens Indígenas Estudantes

A Pastoral também acompanha um grupo de jovens indígenas que saem de suas comunidades para estudar na cidade. O acesso à universidade é um grande desafio, desde a matrícula até a permanência no ambiente acadêmico. A Pastoral oferece apoio e orientação para que esses jovens possam concluir seus estudos e realizar seus sonhos.

Um Chamado à Escuta, Respeito e Aprendizagem Mútua

A Irmã Maria destaca a importância da escuta atenta e respeitosa, do respeito aos rituais e costumes indígenas e da disposição para aprender com eles em seu próprio ritmo. Ela também ressalta a responsabilidade de defender os direitos dos povos indígenas e contribuir para seu empoderamento e resgate cultural.

Acreditamos que a luta indígena é também a nossa luta, pois se trata da defesa da vida, da terra e da justiça. Estamos presentes em diversas comunidades indígenas, atuando em áreas como educação, saúde, agroecologia, comunicação e direitos humanos. Acreditamos que a evangelização deve estar comprometida com a promoção da justiça social e com a defesa dos direitos dos povos originários”, concluiu a Ir. Maria do Socorro.

O Dia dos Povos Indígenas: Um Compromisso com a Justiça e a Dignidade

Neste Dia dos Povos Indígenas, somos convidados e convidadas a refletir sobre a importância da luta por justiça e dignidade para todos os povos. A história da Irmã Maria e da Pastoral Indigenista em Porto Velho nos inspira a agir em solidariedade aos povos indígenas, defendendo seus direitos e construindo um futuro mais justo e igualitário.