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Madre Maria Villac: A Semente Boa que Brotou em Missão

Neste mês, no dia 26, celebramos o natalício de Madre Maria Villac, nossa fundadora. Para marcar essa data especial, compartilhamos sua trajetória de vida. Hoje, apresentamos a terceira parte dessa história inspiradora, que retrata sua vida adulta e sua vocação missionária.

O Caminho da Vocação e a Fundação da Congregação

Com o passar do tempo, o grupo de mulheres iniciado por Maria Villac cresceu e ganhou identidade própria. Nomeado como Associação das Missionárias de Jesus Crucificado, esse grupo elaborou um regulamento e o apresentou ao então Bispo Diocesano de Campinas, Dom Francisco de Campos Barreto, que não apenas aprovou a iniciativa, mas também incentivou sua continuidade, sugerindo novas propostas missionárias que ampliavam seu campo de atuação.

A missão e o exemplo de vida dessas mulheres começaram a atrair outras jovens e senhoras, formando novos grupos em diversas localidades. O crescimento foi expressivo: em 1919, a Associação contava com 62 participantes; dez anos depois, esse número já havia saltado para 364 mulheres, todas comprometidas e atuantes. A diversidade do grupo era notável: empregadas domésticas e senhoras da sociedade, brancas e negras, idosas e jovens. Essa diversidade social, geracional e de etnia refletia a essência do Evangelho, que acolhe e une todas as pessoas em um só propósito: anunciar a Boa Nova e servir aos mais necessitados.

Foi a partir dessa “semente boa” que brotou a Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado (MJC).

A Transformação da Associação em Congregação Religiosa

Dom Francisco de Campos Barreto, bispo de Campinas entre 1920 e 1941, foi um pastor profundamente comprometido com a evangelização e com os desafios da Igreja. Sempre atento ao trabalho das Missionárias de Jesus Crucificado, reconheceu o potencial evangelizador e profético do grupo.

Em 1927, ele fez um convite desafiador a Maria Villac: transformar a Associação em uma Congregação Religiosa. O desafio era grande, e ela precisou de um tempo para discernir espiritualmente e dialogar com as companheiras sobre essa importante decisão.

No dia 29 de setembro de 1927, Maria Villac deu o seu SIM! Entretanto, a fundação oficial da Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado ocorreu em 3 de maio de 1928. O início foi humilde, com apenas onze irmãs, pois nem todas as participantes da Associação sentiam-se chamadas à vida consagrada. No entanto, a missão seguiu adiante e Maria Villac acompanhou a todas com bondade e mansidão, formando uma comunidade de fé, amor e serviço.

Uma Missão que Continua

Assim nasceu a Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado, fruto da coragem, da fé e da dedicação de Maria Villac e das primeiras irmãs. Inspiradas pelo Evangelho e pela espiritualidade da Cruz, elas abraçaram a missão de servir aos pobres, educar, evangelizar e transformar realidades.

Hoje, essa história continua viva nas Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, que seguem fiéis ao carisma de sua fundadora, levando esperança e justiça onde a vida clama por dignidade.

Madre Maria Villac, presente e inspiradora, rogai por nós!

Ir. Marly Quermes, MJC e Ir. Mari Benítez, MJC