“Nas ruas vou procurar quem vive pregado à cruz!”
Essa frase, extraída de uma canção congregacional, resume a nossa missão enquanto Missionárias de Jesus Crucificado. Ao sairmos às ruas para ir ao encontro do outro, nos deparamos com pessoas que estão à margem, “pregadas” na cruz… o sistema as cravou num madeiro duro e frio de sofrimento e exclusão.
São homens e mulheres que estão pregados e marcados na cruz da fome, do desemprego, da falta de assistência à saúde (tanto mental como física), da falta de moradia e educação de má qualidade. São vítimas da violência, da discriminação e de vícios que as marginalizam e aprisionam.
“É o Cristo que vai comigo, levando aos irmãos a Luz”.
Guiadas pela fé e pela espiritualidade da cruz, levamos a luz de Cristo aos mais necessitados. Luz que brota de uma entrega radical e incondicional da própria vida, luz do Evangelho. Essa luz é a esperança que renasce em meio à dor, a força que brota da oração e a certeza de que o Reino de Deus está presente nos mais simples e sofridos e se manifesta na solidariedade e no cuidado com os mais vulneráveis.
Dom Barreto, co-fundador da Congregação, nos ensinou a ter “um pé dentro e outro fora”, para que cada missionária possa nutrir a vida espiritual de oração e convivência fraterna em comunidade e, ao mesmo tempo, estar presente nas ruas e periferias existenciais, onde a dor clama por socorro.
Nossa vocação como Missionárias de Jesus Crucificado é concreta e transformadora. Estamos sempre ao lado daqueles que sofrem, oferecendo acolhimento, escuta, cuidado. Denunciamos as injustiças e contribuímos com a construção de um mundo mais solidário. Alimentadas pela espiritualidade da cruz, saímos ao encontro dos crucificados de hoje, para levar a esperança e a dignidade que todos merecem.
Ir. Zélia Gomes, MJC