Hoje, 17 de dezembro, celebramos o Dia do Bioma Pampa. Essa data nos convida a refletir sobre a importância desse ecossistema único, com sua rica biodiversidade e forte identidade cultural.
O Bioma Pampa está localizado no extremo sul da América do Sul, abrangendo áreas do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. No Brasil, ele está presente exclusivamente no estado do Rio Grande do Sul, ocupando uma área de 176.496 km².
Caracterizado por vastas planícies e uma vegetação campestre única, o Pampa abriga uma rica variedade de flora e fauna, com diversas espécies endêmicas, ou seja, que só existem nessa região. Além de sua biodiversidade, o bioma desempenha um papel essencial na regulação do clima e na proteção dos recursos hídricos.
O Pampa abriga duas importantes bacias hidrográficas: a do Rio da Prata e a Costeira do Sul, além de ser uma área de recarga do Aquífero Guarani, um dos maiores reservatórios de água doce subterrânea do planeta.
Infelizmente, o Pampa enfrenta graves ameaças, como a expansão da agricultura e da pecuária, a urbanização e a exploração de recursos naturais. Essas atividades resultam na perda de habitats, fragmentação dos ecossistemas e degradação do solo, levando à redução de 40% da sua área original.
O termo Pampa tem origem no vocábulo indígena Quechua, que significa “planície”. Essa vasta extensão é também o berço da cultura gaúcha, profundamente enraizada na relação entre o homem e a natureza. As tradições, a música, a dança e a culinária da região refletem a história e o modo de vida das comunidades locais.
Além disso, os povos tradicionais, como os indígenas Iumbalala, Xukuru, Pankarau e os quilombolas de Conceição das Crioulas, guardam conhecimentos ancestrais sobre o manejo sustentável dos recursos naturais, desempenhando um papel essencial na conservação do Pampa.
O Pampa é um patrimônio natural e cultural que precisa ser protegido e valorizado para as presentes e futuras gerações. Ao celebrarmos o Dia do Bioma Pampa, reafirmamos, como Missionárias de Jesus Crucificado, nosso compromisso com a preservação desse ecossistema tão especial e com a promoção de práticas sustentáveis que respeitem a Criação.
Que possamos, juntos, proteger a vida em todas as suas formas!
Ir. Luzia Neves, MJC