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15 de Setembro – Dia de Nossa Senhora das Dores

Maria comungou da missão de Cristo, assumindo com intrepidez, em cada etapa, seu papel específico. Sua união íntima com Deus, que culminou numa entrega total, fê-la assumir as angústias e sofrimentos do seu povo, cooperando no seu resgate até tornar-se, ao pé da Cruz, a Co-redentora. Fiéis à nossa vocação, procuramos assemelhar-nos a Maria, perpetuando através dos tempos sua vida de doação a Deus, à humanidade, sua fé e fortaleza ao pé da Cruz. (Constituição das MJC – Art. 9)

Somos convidadas(os) a contemplar Maria, a Mãe de Jesus, de um jeito novo! Em Nossa Senhora das Dores, enxergamos a verdadeira imagem de uma mulher forte que, de pé junto à Cruz de seu Filho amado, nos ensina que é nas dores que nos fortalecemos para permanecermos fiéis ao Projeto do Reino, que Jesus nos revelou em sua vida e missão cotidiana.

Nossa Senhora das Dores é mulher, discípula e mãe, que nos entrega o Filho Jesus. Ela é o caminho que nos introduz ao coração de Cristo Crucificado e Ressuscitado. Portadora de uma fé inabalável, ela nos apresenta três características essenciais para os(as) seguidores(as) de Jesus: o caminho, a profecia e a compaixão.

O caminho

Maria nunca deixou de caminhar, mesmo diante dos maiores desafios. Sua fé é dinâmica, uma fé que se põe em movimento. Assim que recebeu a missão trazida pelo Anjo, “pôs-se a caminho… para a montanha” para visitar e ajudar sua prima. Ela vive seu dom como missão. Maria escolhe o desconhecido do caminho em vez da comodidade dos hábitos; prefere a fadiga do caminho à estabilidade da casa; opta pelo risco de uma fé que se coloca em jogo em vez da segurança de uma religiosidade estática. Como primeira discípula, Maria caminha até o Calvário, permanecendo fiel ao pé da Cruz.

A profecia

A fé de Maria é profética. Ela é a filha de Sião anunciada pelos profetas de Israel: “a Virgem conceberá o Deus conosco, o Emanuel”. Maria trouxe luz onde havia trevas. Mesmo podendo ser tudo, escolheu ser mãe, permanecendo fiel às alegrias e desafios da missão de Cristo. Sua vida simples reflete a grandeza de sua vocação.

A compaixão

Maria é a mãe da compaixão. Sua fé é compassiva, manifestada na sua humildade como “a serva do Senhor” e na sua preocupação para que nada falte aos necessitados. Desde a anunciação até o Calvário, Nossa Senhora das Dores compartilhou a missão do Filho, tornando-se um verdadeiro sinal da compaixão divina.

Diante do sofrimento dos mais necessitados(as), aprendemos com Maria, nossa Mãe e Riqueza, que, se formos capazes de manter nossa fidelidade a Cristo, a vida não nos poupará dos sofrimentos. Contudo, ela sempre nos abrirá um novo horizonte, uma nova luz para seguirmos adiante com esperança, certos de que sempre podemos mais.

Que Nossa Senhora das Dores nos ensine o caminho que nos une cada vez mais a Cristo, para que com “voz de júbilo, anunciemos que o Senhor libertou o seu povo”.

Ir. Cristiane de Araújo, MJC