Suicídio: uma “decisão” pela morte para não continuar morrendo enquanto vive
Neste mês de setembro, a sociedade busca dar uma atenção especial à realidade alarmante do número crescente de pessoas que chegam ao extremo de “decidir” tirar a própria vida. Nós, Missionárias de Jesus Crucificado, nos unimos a essa luta em defesa da vida.
O cuidado com as pessoas vulneráveis ao suicídio deve começar muito antes dos primeiros sinais de tentativa ou dos pensamentos sobre eliminar a própria vida; começa com o atendimento de suas necessidades básicas e a promoção de um ambiente acolhedor e seguro.
O suicídio é o passo final de uma longa e dolorosa jornada de tentativas internas e, às vezes, externas que a pessoa enfrenta para superar a ansiedade, tristeza profunda, falta de propósito, isolamento, depressão, estresse, medo, entre outros desafios emocionais.
Quando alguém “decide” pelo suicídio, não está escolhendo morrer; está, na verdade, buscando se livrar dos sentimentos perturbadores que impedem a sua vida plena. Por isso, não podemos considerar essa escolha como uma decisão livre e consciente.
Diante do tormento psicológico, o ato extremo é uma luta desesperada para viver sem dor, vazio e angústia. É a busca por uma vida digna e sem sofrimento que, sem o apoio e a ajuda necessária no momento certo, leva a essa trágica escolha.
Convidamos a todos e todas a serem mais empáticos com as pessoas ao nosso redor, oferecendo escuta, carinho, cuidado e, acima de tudo, compreensão diante de seus sentimentos, palavras e ações que possam indicar uma depressão profunda, evitando que o suicídio se torne uma saída para sua dor.